30 de maio de 2012

maria ou a insustentável leveza do ser

quando a bula já não pode mais segurar as paredes rachadas
quando o riso inquieto e a empatia contagiante é nada mais que um tipo de grito
quando a cor negra perde espaço para o cinza pálido
quando ir pra casa já não é mais deitar a cabeça para descansar
quando olhar para o céu é despedir-se da própria fé

quando se é maria e não se sabe mais quem se é.