28 de novembro de 2011

pra dizer quem sabe.

eu te chamaria para dividirmos uma mesa,
alguns olhares
e muitas cervejas.
mas essa chuva que não dá trégua,
que não cessa nunca,
não me deixa se-quer usar essa desculpa.

2 de agosto de 2011

ela sou eu

sim. de vez-em-quando a gente aparece. toma nota de algumas pitadas especiais desse tempero gostoso da vida e continua cozinhando o arroz com feijão sem parecer que é o de sempre.

adoro pensar que um dia alguém vai ler estes vários cadernos espalhados por diferentes cômodos e vai traçar um perfil dessa cozinheira. e bem, eu só queria que pensassem ao ponto de não subestimarem a sentimentalidade à simples versos cuspidos. assim, como poetas forçados insistem em cravar lamúrias exacerbadas...

são poucas as vezes que a felicidade me fazem sair do lugar comum de somente viver e de ser terceiras, quartas, mil pessoas na escrita que não eu.

mas é que hoje está bem confortável sentir-me.

16 de maio de 2011

ao mestre, com carinho

mentalmente, eu havia escrito uma carta para você no dia seguinte
havia dito de forma torta a sensação de te ouvir de novo,
sem precisar olhar para o lado e...

mentalmente, você leu e sorriu com os olhos.
mentalmente você entendeu cada espaço em branco e cada eco do silêncio
e cada eco da ausência...

... e todos os ruidos de todos esses passos não dados em sua direção,
mas que você sabe bem,
mentalmente, eu te abraço todos os dias de manhã.

7 de fevereiro de 2011

faça chuva e faça muito sol

neste trato louco do vai e vem
o que me alegra é este bailar
a dança dos sinais
a eterna dança de nós dois